Compositor: Ferdinando Marchisio
Observe a neve embaixo onde eu descanso com olhos parados
Perdendo vida, lembranças de choros
Imagens congeladas dos meus últimos dias doentis
O frágil corpo enforcado me mostra
eu terei meios fadados
Religando a desolação, ninguém chorou a minha morte
O gosto ácido das pegadas podres me deixam sem respiração
Meus lábios roxos cobertos com neve
A palidez daquelas paredes está perdida
Está fodidamente perdida
O inverno cresce frio
Isso me joga dentro da moldura empoeira e velha
O silêncio em mim...
Por favor, morte, me deixe livre
Caindo em cima do meu caixão queimado
A neve congela o meu último sorriso
E as lágrimas estão cristalizadas
Mas a dor fica em mim
Calado e gelado e morto
Meu corpo descansa sobre o chão
A flor murcha cai sobre mim
Em cima do gelo no meu túmulo
Enterrado pelo inverno
Memórias da vida, tempos perdidos na minha mente
Eras de uma existência perdida, tão longe agora
O pó reveste fotos enterradas pelos anos
Me diga quem eu sou
Me diga como ver o meu amanhecer...
Amanhã...
Nos nascemos pra lutar e sofrer?
Felicidade é um período curto
Onde nos esquecemos de ser humanos
Ódio é somente perda de tempo
O frio está aumentando, fim dos dias
Toque meu corpo e me leve pra longe
Longe dessa cova de neve
Nós devemos aproveitar esses momentos de inumanidade
Antes que eles levem nossos sonhos embora...